Apresentação

Para apoiar os profissionais na implementação do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, este Curso de Formação pretende criar espaços de reflexão e análise conjunta, de forma a promover uma estratégia colaborativa entre os professores, propondo modelos de intervenção/ação adequados às características e necessidades específicas de alunos com graves barreiras à aprendizagem, a fim de se conduzir a uma maior clarificação quanto à implementação deste regime jurídico da educação inclusiva. Assim, essencialmente através da partilha de saberes e troca de experiências pedagógicas, pretende-se propiciar, aos participantes, aprendizagens específicas no contexto da intervenção com este perfil de alunos, a partir de um modelo pedagógico que privilegie o recurso a estratégias educacionais estabelecidas, para as dificuldades de aprendizagem e para a transição para a vida pós-escolar. O propósito detém-se nos alunos com maiores dificuldades em encaixar no “perfil”: os alunos com Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental e Perturbação do Espetro do Autismo, para os quais é necessária uma resposta mais personalizada e focada na Transição para a Vida Ativa, de forma a desenvolver neles uma verdadeira capacitação, autonomia, independência e qualidade de vida no Futuro para que se tornem cidadão ativos. Caracterizando-se a saída da escola como problemática para todos os alunos, naturalmente o é também para aqueles alunos, pelo que se torna indiscutível ajudá-los a tornarem-se ativos e a proporcionar-lhes as competências necessárias à vida diária, oferecendo-lhes uma formação que corresponda às exigências sociais e às expectativas da vida adulta.

Destinatários

Professores dos Grupos 910,920 e 930.

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 910,920 e 930.. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 910,920 e 930..

Objetivos

1- Contribuir para o desenvolvimento de competências e conhecimentos na área da educação inclusiva e das medidas de apoio à aprendizagem e à inclusão para dar resposta à diversidade de situações de aprendizagem em sala de aula; 2 - Incrementar práticas pedagógicas que procurem responder à especificidade de cada aluno, de acordo com o seu perfil cognitivo e emocional, bem como com a sua idiossincrasia pessoal e cultural; 3 - Promover práticas de trabalho colaborativo como principal estratégia pedagógica entre professores, congruentes com as orientações e legislação em vigor; 4 - Permitir a troca de ideias e experiências, o esclarecimento de dúvidas e a elaboração de materiais, instrumentos e documentos de natureza pedagógica; 5 - Compreender o processo de construção e execução do PEI e do PIT na Transição para a Vida Pós-Escolar; 6- Promover práticas de formação que confiram competências aos professores para a mudança e a inovação educativa.

Conteúdos

1. Enquadramento legislativo: Decreto-Lei 54/2018 e outros documentos de referência – 2 horas; 2. Perfil de alunos com graves barreiras à aprendizagem - 2 horas; 3. Ambiente escolar e Modalidades de Atendimento - 2 horas 4. Estratégias de Ensino centradas na Pessoa - 4 horas; 5. Comportamento Adaptativo - ECA - 3 horas; 6. Elaboração de Programa Educativo Individual - 4 horas; 7. Recursos e respostas da Comunidade e Emprego Protegido: elaboração e execução de PIT- 4 horas; 8. Estratégias para o Plano de Transição para a Vida Ativa - 4 horas.

Metodologias

Baseia- se dinamização de metodologias ativas, e implica a utilização de vários recursos materiais e didáticos, diferentes meios de comunicação, tais como: momentos expositivos; trabalho de grupo ou de reflexão individual; partilha de experiências e apresentação de estudos de caso sobre as temáticas abordadas nas sessões. Serão dinamizadas metodologias (ativas e colaborativas) assentes, nas práticas (reflexivas) dos formandos. Parte expositiva: recurso a audiovisuais e a ferramentas digitais. Parte prática: participação ativa dos formandos com o cumprimento de tarefas diversificadas (reflexões a partir de temas; construção de materiais, instrumentos e documentos;...); apresentação e discussão de temas específicos sobre a temática, bem como apoio ao trabalho dos formandos.

Avaliação

Instrumentos de avaliação dos formandos e respetiva ponderação: - Participação das atividades práticas (30%) - realização das atividades (30%) - Relatório final de reflexão crítica (40%) - De acordo com o Art 46º do ECD em vigor e as orientações das Cartas Circular CCPFC-3/2007 e CCPFC1/2008, os formandos serão avaliados com a menção qualitativa de: - 1 a 4,9 valores - Insuficiente - 5 a 6,4 valores - Regular - 6,5 a 7,9 valores - Bom - 8 a 8,9 valores - Muito Bom - 9 a 10 valores - Excelente

Bibliografia

DIAS, J. & SANTOS, S. (2006). Comportamento Adaptativo e Qualidade de Vida – Emprego Protegido na Deficiência Mental. Vol.13. IV Série. Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade Motricidade Humana, departamento de educação Especial e ReabilitaçãoEuropean Agency for Development in Special Needs Education. (2002).Transição da Escola para o Emprego: principais problemas, questões e opções enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 países europeus. Relatório Síntese.European Agency for Development in Special Needs Education. (2002).Transição da Escola para o Emprego: principais problemas, questões e opções enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 países europeus. Relatório Síntese.SANTOS, S. & MORATO, P. (2002). Comportamento Adaptativo. Coleção Educação Especial. N.º8. Porto Editora. Porto.Decreto-lei n.º 54/2018, de 6 de julho; Lei n.º 116/2019, de 13 de setembro

Formador

Maria da Conceição do Carmo Farinha Rodrigues Henriques